EMPREENDEDORAS QUEREM FATURAR R$ 1 MILHÃO COM BIJUTERIAS ESTE ANO

A empresa espera chegar a 1 mil pontos de venda no final do ano (Foto: Divulgação)
A empresa espera chegar a 1 mil pontos de venda no final do ano (Foto: Divulgação)

Livia Abrarpour, 31 anos, estava fazendo as unhas em um salão de beleza perto de sua casa quando viu uma menina vendendo bijuterias. Ao redor dela, várias clientes do salão se aglomeravam para ver as peças. “Ela estava vendendo como água”, diz.

Naquele momento, surgiu a ideia para a GlamPoint, com displays de bijuterias permanentes nos salões. Livia ligou para Marina Ikissima, 38 anos, e contou sobre a ideia. As duas se conheceram quatro anos antes, quando quase trabalharam juntas na JUV Acessórios, empresa de bijuterias em que Livia foi cofundadora. Livia está há seis anos no setor.

Com experiência em venda direta em empresas como Natura e Amway, Marina ficou em dúvida no começo, porque não conhecia tão bem o mercado de semijoias. Mas aceitou o convite para a sociedade com Livia. “É impressionante como a gente vende, como as pessoas se encantam. É um tipo de venda completamente diferente dos cosméticos”, diz Marina.

A empresa foi fundada em janeiro deste ano e as vendas começaram em março. A GlamPoint fecha parcerias com salões de beleza e outros estabelecimentos, principalmente no setor de serviços, como academias e estúdios de pilates. Também há outros pontos de vendas, como lojas de brigadeiros e bolos – sempre com foco no público feminino. Logo no início, a GlamPoint recebeu um investimento de valor não revelado de um fundo familiar americano. O dinheiro está sendo usado para impulsionar o crescimento do negócio.

Cada estabelecimento parceiro recebe um display com um mix de 48 produtos, formado sobretudo por brincos, mas também com colares e pulseiras. Os preços variam entre R$ 9,90 e R$ 139, com tíquete médio de R$ 49. A comissão para os parceiros é de 30% e o mostruário é renovado a cada duas semanas pelas GlamGirls, representantes que fazem a reposição das peças e o acerto das vendas.

Os produtos são consignados e os estabelecimentos não pagam nada para receber os GlamPoints. “Os salões estão conseguindo obter uma renda extra, muito necessária em um período de crise”, afirma Livia. O faturamento total de cada salão varia, mas chega a R$ 1.500 por mês, rendendo uma comissão de R$ 450 para o estabelecimento. Cada local recebe um mix de produtos de acordo com seu público-alvo.

Crescimento acelerado

As empreendedoras já estão com 109 parceiros na cidade de São Paulo, principalmente nas zonas Sul e Oeste. Ainda em junho, vão expandir para outras cidades da Grande São Paulo. Nos próximos meses, planejam começar as vendas em outros estados e esperam encerrar o ano com 1 mil pontos de venda e R$ 1 milhão de faturamento.

Para dar conta da velocidade de crescimento, as empreendedoras apostaram desde o começo em um sistema de gestão e no uso de código de barras em todas as bijuterias. “Assim tornamos o negócio muito profissional”, diz Livia. As GlamGirls conseguem fazer os acertos das vendas de forma simples e rápida. Livia e Marina também escolheram trabalhar apenas com produtos nacionais de alta qualidade.

Para o futuro, a estratégia de crescimento poderá incluir novos canais e parcerias com marcas de varejo que queiram diversificar suas vendas. Também existe a possibilidade de expandir por franquias. Por enquanto, porém, as empreendedoras mantêm foco total nos displays de bijuterias.